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Ensaios de Laborátorio de Lubrificantes

25/04/2013

São as seguintes as principais análises que definem características e especificações de óleos e graxas lubrificantes:

1. Viscosidade

É a principal propriedade física de óleos lubrificantes. A viscosidade está relacionada com o atrito entre as moléculas do fluido, podendo ser definida como a resistência ao escoamento que os fluidos apresentam sob influência da gravidade ( viscosidade cinemática). Viscosidade absoluta , ou viscosidade dinâmica, é o produto da viscosidade cinemática pela densidade.

2. Índice de viscosidade (IV)

É um número empírico que indica o grau de mudança da viscosidade de um óleo a uma dada temperatura. Alto IV significa pequenas mudanças na viscosidade com a temperatura, enquanto baixo IV reflete grande mudança com a temperatura.

3. Ponto de Fulgor

Ponto de fulgor ou lampejo é a temperatura em que o óleo, quando aquecido em aparelho adequado, desprende os primeiros vapores que só inflamam momentaneamente ( lampejo) ao contato de uma chama.

4. Ponto de fluidez

Ponto de fluidez é a menor temperatura, expressa em múltiplos de 3°C, na qual a amostra ainda flui, quando resfriada e observada sob condições determinadas.

5. Água por destilação

Determina a porcentagem de água presente em uma atmosfera de óleo.

6. Água e sedimentos

Por esse método, podemos determinar o teor de partículas insolúveis contidas numa amostra de óleo, somadas com a quantidade de água presente nesta mesma amostra.

7. Número de neutralização

Este teste determina a quantidade e o caráter ácido ou básico dos produtos.

As características ácidas ou básicas dependem da natureza do produto , do conteúdo de aditivos , do processo de refinação e da deterioração em serviço.

8. Demulsibilidade

Demulsibilidade é a capacidade que possuem os óleos de se separarem da água.

9. Diluição

Nos dá a percentagem de combustível que se apresenta como contaminante numa amostra de óleo lubrificante.

10. Consistência

Consistência de uma graxa é a resistência que esta opõe à deformação sob a aplicação de uma força.

11. Ponto de gota

O ponto de gota de uma graxa é a temperatura em que se inicia a mudança de estado pastoso para o estado líquido ( primeira gota).

12. Espectroscopia

Trata-se de uma técnica amplamente utilizada na determinação qualitativa e quantitativa de metais em óleos lubrificantes.

13. Infravermelho - transformada de Fourier

A espectroscopia de infravermelho por transformada de Fourier é uma técnica que está sendo aceita como um método rápido que permite quantificar: oxidação, nitração, fuligem, sulfatação, água, diluição por combustível, contaminação por glicol e depleção de aditivos.


PRINCIPAIS APLICAÇÕES E EXIGÊNCIAS

1. Sistemas hidráulicos

Os sistemas hidráulicos transmitem e multiplicam forças, através de um fluido ( óleo) sob pressão. Esses sistemas são usados para operar e controlar maquinários em praticamente todos os segmentos da indústria.

O óleo hidráulico, como é chamado, além de sua função principal como transmissor de força, deve lubrificar os componentes do sistema hidráulico, possuindo condições antidesgaste, antioxidante, antiferrugem e antiespumante.

2. Turbinas

Turbinas são mecanismos através dos quais a energia do vapor, água ou gás, é convertida em movimento para gerar trabalho.

Os modernos óleos de turbina devem ter algumas propriedades importantes como viscosidade adequada, resistência à oxidação e formação de borra, prevenção contra ferrugem, proteção dos mancais contra corrosão, resistência `a formação de espuma e fácil separação da água, além de permanecer em uso por longos períodos sem se degradar.

3. Redutores industriais ( engrenagens)

São elementos de máquinas, cujo função é transmitir movimentos de rotação e potência de uma parte da máquina para outra.

Os diversos tipos de engrenagens ( helicoidais, cônicas, hipóides, rosca sem fim, dentes retos, espinha de peixe, entre outras) estão sujeitas a grande variações de cargas, sobretudo em função das aplicações.

Seus óleos são formuladas com aditivos de extrema pressão a base de ésteres sulfurados e compostos orgânicos de enxofre e fósforo, particularmente eficazes na presença de superfícies de aço, onde as temperaturas localizadas são altas o suficiente para originar uma reação química.

Seus óleos são formuladas com aditivos de extrema pressão a base de ésteres sulfurados e compostos orgânicos de enxofre e fósforo, particularmente eficazes na presença de superfícies de aço, onde as temperaturas localizadas são altas o suficiente para originar uma reação química.

Apresentam estabilidade térmica, possuem inibidor de espuma, características antidesgastante e não corrosiva, além de excelente capacidade de separação da água.

4.Sistema de transferência de calor

Em muitas indústrias, entre elas a produção de plásticos, tintas, sabões, graxas, borrachas, cerras, vernizes, produtos químicos, alimentos e outras especialidades, é necessário prover e controlar cuidadosamente o fluxo de calor durante o processo de fabricação.

O calor pode ser aplicado diretamente sobre o vasilhame, tacho ou peça apropriada, todavia há sempre o perigo de superaquecimento nas partes adjacentes à chama, e consequentemente explosão, dependendo dos tipos de materiais empregados.

O fluido para transferência de calor deve possuir boa condutividade térmica, adequado calor específico e resistência e oxidação. Isso reduz a tendência ao espessamento e formação de depósitos, o que permite operações de altas temperaturas por longos períodos.

O fluido para transferência de calor deve possuir boa condutividade térmica, adequado calor específico e resistência e oxidação. Isso reduz a tendência ao espessamento e formação de depósitos, o que permite operações de altas temperaturas por longos períodos.

5. Guias e barramentos

As guias e mesas das máquinas operatrizes devem permitir Deslizamentos suaves dos carros e porta - ferramentas, mesmo após paralisações noturnas ou prolongados finais de semana. Esses óleos são formulados a partir de básicos selecionados, enriquecidos com agentes de oleosidade , extrema pressão e adesividade , o que assegura operações dos carros sem trepidação, característica indispensável as usinagens de precisão.

6. Cilindros a vapor

São produtos desenvolvidos especificamente para a lubrificação de mancais de deslizamento, operando a baixas velocidades periféricas e elevadas cargas, como é o caso dos mancais dos rolos de moendas em usinas de açúcar e álcool . São derivados de petróleo de acentuada capacidade de separação da água, aditivados com agentes de extrema pressão, inibidos contra oxidação e de alta resistência ao espessamento em serviço. Seu uso permite às usinas moer mais por período, sem paradas ou aquecimentos, minimizando assim os custos operacionais.

7. Usinagem de metais (óleo de corte)

Quando, apropriadamente selecionados, manuseados e aplicado, proporcionam maiores velocidades de corte.

Menos afiações de ferramentas, maior produção e outras vantagens.

Essencialmente, cabe a tais fluidos as seguintes funções básicas:

1. Agir como refrigerante
2. Agir como lubrificante
3. Proteger as partes contra ferrugem.

Os fluidos de corte podem ser divididos convenientemente em dois grandes grupos: os integrais e os

emulsionáveis. Os primeiros são mais efetivos como lubrificantes e os outros como refrigerantes

8. Tratamento térmico

Por tratamento térmico entende-se o conjunto de operações de aquecimento, equalização da temperatura e resfriamento das ligas metálicas no estado sólido, com a finalidade de modificar a estrutura cristalina e alcançar as propriedades típicas e mecânicas desejadas.

A escolha adequada do óleo depende, para citar apenas algumas variáveis, das características do aço a ser tratado, da dureza desejada, do tamanho da peça, da temperatura do banho e do processo empregado. Esses produtos devem ser excepcionalmente estáveis em temperaturas elevadas, possuindo resistência natural a alterações químicas, possíveis de ocorrer durante o contato do meio refrigerante como as superfícies metálicas quentes.

9. Óleos protetivos para metais

Estimativas indicam que, anualmente, cerca de 2% da produção mundial de aço é destruída pela ferrugem. Além dos óbvios prejuízos diretos, as despesas decorrentes de reparos, substituição de peças, rejeito de produtos acabados, custos de paralisação e mão-de-obra na manutenção alcançam vultuosas somas.

Os óleos protetivos são utilizados para a pulverização de chassis automotivos e equipamentos industriais , protegendo as superfícies metálicas dos processos de oxidação e ferrugem.

10. Máquinas têxteis

A industria têxtil ( fiação, tecelagem, malharia, entre outros) além de ser uma das mais antigas, é altamente variada, existindo catalogados cerca de 300 processos diferentes.

Este fato implica em grande diversidade de máquinas e, consequentemente, ampla faixa de exigências na lubrificação. Por outro lado, a evolução tecnológica neste tipo de indústria tem sido significativa nos últimos anos, exigindo dos industriais maciços investimentos e constante aprimoramento em suas máquinas e processos. Óleos altamente refinados, com capacidade antioxidante e de adesividade são exigidos nessas aplicações.

11. Óleos de processo

Óleos de processo são produtos acabados, puros ou misturados, cujo principal uso pode não ser exclusivamente a lubrificação.

Incluem-se nestas séries produtos para processamento de borrachas, madeiras , tintas, amaciamento de couros, preservação de madeiras e muitos outros que podem ser desenvolvidos para satisfazer exigências mais específicas.

12. Óleos isolantes

Os transformadores elétricos são máquinas estacionárias, utilizadas em corrente alternada para mudar a voltagem sem alteração de frequência .

Basicamente, são de funcionamento simples, sem peças móveis e utilizam um fluido que além de ser isolante, deve também permitir boa troca de calor com o ambiente.

Além dessas características , os isolantes devem possuir estabilidade química, alto ponto de fluidez , ausência de ácidos orgânicos e enxofre corrosivo, ou outros contaminantes que possam afetar os materiais usados nos transformadores