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História da Lubrificação

30/04/2013

Começou no Egito Antigo, com a necessidade de “transportar” colossos e blocos para a construção Esfinges e Pirâmides. Como a lubrificação era desconhecida, os egípcios utilizavam galhos de árvores para arrastar e puxar os trenós com aproximadamente 60 toneladas de blocos. A função dos galhos de árvores (roletes) era reduzir o atrito de deslizamento entre o trenó e o solo, transformando-os em atrito de rolamento.
 
Em 2006 a.C. foi encontrado o 1º vestígio de lubrificação nas rodas do trenó que pertenceu a Ra-Em-Ka (Rei do Egito), comprovado por análise que o lubrificante era sebo de boi ou de carneiro. Após esta descoberta concluiu-se que no Antigo Egito utilizou-se este sebo como lubrificante em baixo dos trenós, para facilitar o deslizamento.
 
De 776 a.C. – 393 d.C. celebrava-se na Grécia os primeiros Jogos Olímpicos, uma tradição que se seguiu de 4 em 4 anos. Uma das modalidades desta Olimpíada era a corrida de Bigas, que também tinham seus eixos lubrificados por gordura animal.
Em 200 d.C. os romanos também utilizaram as Bigas como meio de transporte, que por sua vez também eram lubrificadas por gordura animal.
 
Na Idade Média, mais precisamente do Séc. V ao X, a gordura animal foi usada em pouca quantidade para lubrificar o mecanismo de abertura dos portões dos castelos que rangiam e nas rodas das carruagens que transportavam reis e rainhas.
 
No final do Séc. VIII na Noruega, ano de 780, os vikings, guerreiros e aventureiros marítimos eram experts na construção de barcos. Construíram os primeiros e aperfeiçoados Drakkars – compridos barcos a vela. Foi usado por um bom tempo o óleo de baleia para lubrificar o suporte de articulação das velas e o eixo do leme.
No início das grandes navegações comerciais, Séc. XV, o óleo de baleia também foi usado para lubrificar os moitões e timões dos navios.
 
O Petróleo, mineral existente a cerca de 300 milhões de anos, proporcionou na antiguidade, fins medicinais e posteriormente passou a ser empregado na lubrificação. Era conhecido como “óleo de pedra, óleo mineral e óleo de nafta”.
Com a invenção de engenhocas no Séc. XVI surgiu a necessidade da lubrificação vinda do petróleo, para o seu perfeito funcionamento.
 
Nos Sécs. XVII e XVIII começaram a se desenvolver a civilização e invenções ainda mais revolucionárias, destacando-se um dos grandes inventores, Leonardo da Vinci, que elaborou grandes projetos que também contribuíram para o progresso da lubrificação, como a Besta de disparo potencializado (catapultas), máquina escavadora, entre muitos outros.
 
Com o fenômeno da Revolução Industrial no Séc. XVIII provocou-se a mecanização da indústria e dos transportes. Com o crescimento das máquinas têxteis foi utilizado lubrificante para o bom funcionamento das máquinas.
 
Quando se trata de máquinas, os produtos a base de petróleo dominam, Há aproximadamente 150 anos no Séc. XIX, os lubrificantes utilizados eram de origem animal e vegetal. Em 1859, nos campos petrolíferos da Pensilvânia, o ex-maquinista de trem americano e logo coronel, empresário e aventureiro, Edwin Drake, traçou o futuro do lubrificante. Foi contratada uma equipe de perfuração para cavar os poços com 21 metros de profundidade e com a descoberta do petróleo a indústria sofreu mudanças da noite para o dia. De repente tinham aproximadamente 3.200 litros de petróleo por dia, brotando do chão para serem usados como lubrificantes que foram substituindo os outros tipos de lubrificantes porque era mais barato e suportava o calor por mais tempo sem se decompor.
 
Rodas de uma série de máquinas eram lubrificadas, inclusive as do automóvel. Sua popularidade teve grande impacto nos lubrificantes e o primeiro óleo para motor era literalmente cru, basicamente bruto, ou com muito pouco refinador, com um nível alto de impurezas e o ar da parte de fora e de dentro do motor misturavam-se as impurezas e formavam uma pasta. Quando frio, as moléculas do óleo se juntavam fazendo com que o óleo (hidrocarboneto) ficasse com mais viscosidade (Resistência de Fluxo). Quando aquecido, as moléculas se separavam, tornando o óleo menos viscoso, fazendo com que ele escorresse com facilidade. Ou seja, quando frio o óleo engrossa e quando quente, afina. Na época era difícil bombear o óleo frio para o motor do carro e quando o motor esquentava, ele evaporava facilmente e explodia em fumaça. Resumindo, as mudanças de temperatura causavam alterações na espessura ou viscosidade do óleo.